sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Abraços possíveis.

Se tem uma coisa gratuita que gosto tanto quanto escrever ou falar é dar abraço, tem coisa melhor?! Abraço pra mim é uma atitude especialmente especial, me permitam a redundância nesse caso já que esse ato realmente essencial devem ser tratado como tal. ;)

Abraços envolvem, acolhem, confortam, relaxam, tranquilizam e revigoram a alma da gente. Pode ser apertado como de urso, alegre como o de um amigo ou sempre disponível como os da minha mãe, pode ser tímido, pode ser rápido, pode ser coletivo (quem conhece canta: "abraço coletivo, abraço coletivo")!!!!! O que cabe em um abraço? Euforia de um reencontro; saudades de uma despedida, paixão de um amor e amor de uma paixão... em um abraço cabem todas as risadas e gritos do mundo ao mesmo tempo que todo o silêncio que lábios são capazes de dar. Um momento onde não há perda, todos ganham com um bom abraço! Eu já dei muitos abraços, de diversas forma nas mais variadas situações, poderia fechar os olhos agora e relembrar dos bons momentos que já tive dentro dentro de um abraços!

Pensando sobre isso e na minha pré disposição para abraçar eu percebo um abraço que muitas vezes penso e até tento dar mas não consigo: no mundo. E não pensem no mundo, Terra, "imensa" (depende do ponto de vista né?) bola azul no cosmos, pensem em dimensões menores desse mundo, mesmo essas eu não consigo envolver com meus braços. Sim, de fato isso é uma verdade consumada, que inúmeras pessoas me falam todos os dias e que de certa forma eu já internalizei. Mas dizer que entendo algo não significa que eu concorde e por vezes a minha teimosia brunistica me impulsiona a tentar mais uma vezinha que seja realizar tal feito. AAAAAAHHHHHH, quantas vezes eu tenho vontade de gritar por não conseguir isso!

Me ocorre que por melhores que sejam minhas intensões para com esse(s) mundo(s) ele é coletivo demais para se deixar ser envolvido por apenas um par de mãos. Certamente ele quer (e precisa) das minhas mãos, não por serem minhas, mas porque constituem um encontro que gera uma reação onde, no meu caso, espero que seja uma boa reação. Não importa qual seja a dimensão de mundo existente, ele mais do que ninguém gosta de um bom abraço, desde que seja bem coletivo, que tenha a cara de muitos ao mesmo tempo que tem uma cara só, ao mesmo tempo que tem muitas mãos gera uma única sensação: cuidado/empatia.

Não tenha medo, abrace!
Não pense duas vezes, abrace!
Se não puder sozinho, olhe para o lado e dê a mão ao(s) próximo(s)...
Incentive outros a abraçar tanto quanto você!

Abrace não só as coisas boas e felizes, abrace os tristes, os esquecidos, amargurados, desprotegidos. Penso que muitos destes são potenciais abraçadores a outros, mas não sabem o valor dos seus braços e o calor dos seus sentimentos. Abrace a fome com alimentos e o frio com agasalhos; abrace o impossível com ações possíveis que gerem vida capaz de produzir outras formas de abraçar.

Abraços não são eternos, mas por onde ocorrem deixam marcas de afeto e fazem toda a diferença! Abraços são possíveis.


"Os abraços foram feitos para expressar o que as palavras deixam a desejar."

Anne Frank



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