sábado, 2 de novembro de 2013

O que você ganha com isso?

E ai galeraaaaaa!
Que saudades desse espaço, que saudade de escrever, que saudades disso aqui! Coisas para contar é o que não faltam, muitas borbulhas de experiências vividas, encontro com pessoas, sentimentos, reflexões. Espero conseguir por em dias todas as ideias de texto que tive pra cá, fui impedida pela falta de tempo e em alguns momentos internet mesmo... heheheh
 
De qualquer forma, agora não quero recuperar as postagens atrasadas. Quero responder a pergunta que me foi feita hoje, mas não somente hoje e não somente por uma pessoa. "O que você ganha com isso?", com isso o quê? Hoje o Elos completa um ano de existência. Para quem não sabe, Elos é o coletivo estudantil em saúde o qual faço parte. Um coletivo é um grupo (que pode ser grande ou pequeno) de pessoas criado pelas possíveis afinidades de quem o forma em realizar atividades para um bem próprio ou de outrem. No nosso caso buscamos maneiras de aperfeiçoar a formação acadêmica para o Sistema Único de Saúde - SUS, entendendo-o como um política pública que garante um direito social a população brasileira, direito este que deve(ia) ser distribuído de forma PÚBLICA e de qualidade. Bom, muito pano pra manga só nessa pequena frase onde tentei sintetizar o que somos ou tentamos ser há um pouco mais de 365 dias. Não estou ficando maluca, tenho a plena consciência de que um ano é formado por 365 dias, com uma variação de um dia para mais quando é ano bissexto. Quando me refiro que completamos um ano mas somos ou tentamos ser algo há um pouco mais dessa quantia de dias é porque mesmo não sabendo que Elos éramos, no mês de Agosto do ano passado já assim nos comportávamos, mas somente em Novembro que "a ficha caiu" e nos encontramos com uma identidade coletiva.
 
Passando esta breve introdução eu volta ao ponto da questão: o que ganho sendo Elos? Se você esteja esperando que a resposta seja dinheiro, está enganado, não é esta a resposta, tampouco ela se materializa por algum bem material que eu possa mostrar a vocês.
 
São tantas borbulhas que algumas ideias acabam sublimando, sobram palavras para falar dessa construção que se formou e tem se formado a partir de uma matéria prima muito resistência e ao mesmo tempo volátil: a motivação. E uma matéria prima tão complexa como esta gera frutos magníficos de esperança e convicção. Se tem uma coisa que eu ganho por fazer parte dessa história é esperança de um futuro melhor, mesmo que nele eu não viva, ainda sim dele faço parte porque já estou ajudando na sua realização. Esperança de que estou em um movimento que mesmo em situações conflitantes não deixa de vibrar e mostrar de alguma forma que existe sempre novas ideias para serem postas em prática. Convicção de que não é um caminho tranquilo de ser seguido, que existem muitos obstáculos, desejos, vontades, interesses contrários a tudo o que se propõe nesse contexto, porém, vale a pena seguir caminhando porque antes outros já iniciaram seus passos e eu não sou só nesse trajeto, são muito mais que dois pés nesse caminho.
 
Inquietações, dúvidas, desconstruções pessoais são outros elementos que vieram junto com a parte de trabalhar em grupo, ser flexível, aberta e disponível. Mesmo assim, vale a pena! Vale a pensa continuar a pensar em objetivos, traçar metas para alcança-los; chorar por não ter recursos e um segundo depois perceber que afinal, eles não fazem tanta falta assim. Vale a pena vivenciar um projeto executado e um sorriso encontrando outro choro, dessa vez despreocupado porque o devia ter sido feito de fato foi. Vale a pena inventar histórias, sonhar maluquices e brincar com conceitos recém descobertos, tentando trazer sentido a uma realidade que muitas vezes é dura, inflexível e torturante. O que eu ganho com tudo isso? Humanidade, muita humanidade! É uma cascata de vida que se derrama a cada esquina, bairro ou cidade; a cada encontro seja em no Rio Grande do Sul ou no Amazonas, seja dentro de mim ou em um grande congresso.
 
São reflexões que impulsionam ações que por sua vez, demandam mais reflexões. São dinâmica que exigem de mim mais escuta que fala e mais sentimento mais que lógica. Essas contradições não permitem que eu abra mão da emoção assim como também da razão, quando uma se perde meus sentidos ficam vazios e minhas ações sem significados. Sinto-me presenteada com todas as pessoas que conheci, as aprendizagens que fiz e as vivências que experienciei. Sinto-me presenteada com o sentimento de dever cumprido que contagia meu fazer a cada sábado, feriado ou madrugada. Pelos silêncios que me entenderam, pelas críticas que me redefiniram, pelos abraçados que me fortaleceram e pelos sonham que foram investidos eu me sinto uma pessoa totalmente disposta a viver novos episódios dessa série que eu não quero que tenha fim. Como diz uma "famosa" canção: "Vem trilhar outro caminho, é claro que não está sozinho, sempre há alguém pra ajudar... lalaiá..."
 
Espero não ter sido muito subjetiva em minhas palavras, ou se sim, espero que elas preencham cada um que sabe que faz parte alguma parte desse quebra cabeça da vida. Feliz Aniversário para todos que DIRETAMENTE, sempre é diretamente não importa a distância ou a intensidade, me afetaram e por mim foram afetados. Parabéns a cada elo que se uniu nesse ano e que se Deus quiser vão continuar unidos por muito mais anos.
 
Siiiiiiiim, agradeço a Deus por ter a oportunidade de viver esses momentos que me constituem de uma forma única que as vezes me espanta e outras me silencia. Certamente, eu, Bruna, não teria vivido nada disso se não tivesse fé, em Deus, na vida e nas pessoas, é a seiva que me mantém viva para contribuir nessa grande construção.
 
 
 
P.S: qualquer erro ortográfico ou gramatical será corrigido posteriormente após uma leitura fora do efeito da madrugada... hehehe