quarta-feira, 18 de junho de 2014

Um tchauzinho para Teorias Políticas... =[

Oi gente!

Que semestre maluco esse meu, muitos trabalhos e assuntos diferentes a cada dia. Claro, eu que fui catar uma disciplina em cada centro da universidade para cursar, mas me senti tão completa compartilhando e conhecendo diferentes colegas de diversos cursos, da comunicação às ciências sociais. Aprendi a fotografar, perdi minha vergonha em conversar e inglês e fui apresentada a inúmeroa pensadores que analisaram as conjunturas sociais de seus tempos propondo formas de fazer melhor o mundo. Não esqueci que faço nutrição... (risos), também estou imensamente feliz com a caminhada que o Centro Acdêmico do meu curso recomeçou. Depois de sete anos, note, eu disse SETE ANOS (!!!!!!) reabrimos oficialmente a instância representativa dos estudantes do curso. Vitórias, conquistas e muitos caminhos ainda por serem desbravados. Teria mais coisas para registrar aqui, quem sabe, em uma próxima postagem eu detalhe mais os tons coloridos do meu semestre, hoje, quero deixar mais um texto escrito na disciplina de Teorias Políticas Clássicas. Esse texto demandou muitas horinhas de leitura e reflexão de dois colegas e eu, muita discussão até harmonizar as compreensões e produzir esse material que nos dará boa parte da nota final da disciplina. Como fiz da outra vez, conto se fui bem ou não... ;)
 
 
Trabalho: fonte de liberdade ou fonte de exploração? Uma análise em John Locke e Karl Marx.
Elaborado por: Bruna Pedroso, Carolina Teixeira, Leonardo Silveira
 
 
 
Trabalho pode ser entendido como toda e qualquer transformação da natureza por meio da mão humana, este é um olhar bem amplo que possibilita muitas reflexões sobre o tema. Trazendo um recorte da antiguidade, os gregos, por exemplo, guardavam um sentimento de desprezo por essa prática já que consideravam o trabalho como atividade corporal que requeria grande esforço físico. Nesse sentido, esse tipo de esforço não refletia a excelência e virtude humana, o que de fato importava seria o logos, sabedoria e dentro isso estava a contemplação da vida e a participação política. Diante disto pode-se dizer que há uma separação entre a liberdade e o exercício do trabalho, sendo esse realizado por setores da população que viviam em regime de escravidão, o que era aceito como natural na época.
 
A visão a respeito do trabalho foi se alterando através do tempo em consonância as modificações estruturais da sociedade. Diversos pensadores refletiram sobre esse conceito e neste trabalho serão destacados os pensamentos de John Locke e Karl Marx dentro da relação de trabalho e liberdade.
 
John Locke expõe a ideia de que o trabalho é parte integrante da garantia a vida, que é um direito comum a todos os homens, sendo ele fonte da propriedade individual. Tal propriedade individual se constitui pela apropriação da natureza e os frutos que ela pode oferecer, bem como a transformação dela para a produção de bens (móveis ou imóveis) que suprem as necessidades humanas. Partindo do pressuposto de que a natureza está disponível a todos, cada homem é livre para extrair o que for necessário, onde todos teriam a mesma oportunidade de produção a partir da apropriação da natureza e todo produto desse trabalho é para consumo próprio. O trabalho para Locke é livre tanto no Estado de Natureza quando no Estado de Sociedade, muito embora este segundo estado torna-se necessário para a garantia destes direitos a todo povo e a consolidação da liberdade dá-se por meio do cumprimento de leis consentidas, ou seja, criadas pelos próprios homens e não determinadas externamente, no caso as leis da natureza e as leis de Deus.
 
O povo que Locke se referia era composto, basicamente, pela nobreza rica e o contexto social vivido no período de suas análises era majoritariamente, agrário. A industrialização oriunda da I Revolução Industrial (1750 d.C.) marca mais uma vez, mudanças conceituais e organizativas na visão sobre o trabalho. Nesse contexto, Karl Marx não somente vai olhar para parte abastada da sociedade como também vai refletir sobre as relações e impactos gerados pelo trabalho do ponto de vista vivido pelos mais pobres. Na realidade da época havia uma separação entre quem detinha a matéria prima e a tecnologia de produção, a burguesa, e aqueles que não as possuíam, o proletariado, e por isso eram usados como força de trabalho já que a única coisa que lhes pertencia era sua mão de obra. Essa dicotomia entre quem compra mão de obra e quem a vende estabelece uma divisão do que Marx vai chamar de classes burguesas e operárias. Evidenciava-se uma condição de exploração do trabalho tendo em vista que a mão de obra que estava sendo vendida pela classe operária para a classe burguesa não era remunerada na mesma proporção com os lucros da produção realizada. Com isso, o trabalho deixa de ser uma prática individual para suprimento das suas necessidades e passa a fazer parte das relações sociais e estruturantes da sociedade, o que caracteriza num sentido dialético que o homem transforma e é transformado por meio do seu trabalho. Para Marx essa exploração é uma expropriação do trabalho operário e a não percepção disso por parte dos trabalhadores é chamada de alienação.
 
Hoje, continuamos submetidos ao mesmo sistema capitalista e a mesma lógica nas relações de trabalho, tendo as classes menos privilegiadas da sociedade exploradas pelos detentores do capital. Dessa forma, a análise que deste autor permanece atual, dando continuidade a ideia do trabalho como fonte de exploração. Cabe refletir que a imagem de liberdade que o sistema capitalista passa em relação ao trabalho é uma forma de alienação, sustentada no modelo de meritocracia onde as oportunidades estão, aparentemente, disponíveis para todos que quiserem. Muito embora, seja conhecido que essa afirmação não se mantém quando observa-se as desigualdades sociais desenhadas no cotidiano e as diversas vulnerabilidades que a maioria da população vive.
 
Inicialmente, o trabalho estava atrelado ao suprimento das necessidades humanas, sejam elas primárias ou não, de forma direta. As modificações da sociedade, a saber, os fenômenos de industrialização e globalização criaram e consolidaram monopólios dos meios de produção dominados por uma minoria que reduzem o trabalho de uma maioria a moeda de troca. A medida que os bens vão ganhando valor monetário o trabalho para o suprimento passa a ser indireto, porque primeiro precisa-se ter dinheiro para suprir necessidades e a única forma de conseguir dinheiro é por meio de um trabalho alienante. O trabalho como fonte de liberdade só realizar-se-á mediante a uma retomada de consciência embasada no bem comum da coletividade, o que se materializaria com a reestruturação das relações socioeconômicas e reapropriação dos meios de produção pelos trabalhadores. 
 
REFERÊNCIAS
BARSA, T. O trabalho. Rio de Janeiro: Barsa Planeta, 2005. pág. 268-269
_______. Marx. Rio de Janeiro: Barsa Planeta, 2005. pág. 146-149
Vídeos - Youtube 
"Marx para a Sociologia" 
"Aula do professor Matheus Passos - Síntese de Hobbes, Locke e Rosseau."



 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

20 anos em um resumo.

Oi gente,

estava aproveitando um tempinho que me sobrou na tarde para uma breve pesquisa das muitas que preciso fazer para finalizar o referencial teórico do meu trabalho de conclusão. Sim! Já o estou escrevendo e estou pirando com isso, mas vai dar tudo certo! XD Nesse meio tempo achei um material bárbaro, não podia deixar de compartilhar. Dei uma olhada por cima, quero me debruçar melhor sobre ele, mas vale a pena deixar aqui! 20 anos de SUS com muito desenho e desenvoltura. 

A mostra “SUS: A Saúde do Brasil” é uma exposição, que já percorreu vários estados brasileiros e foi exibida na sede da Organização Pan-Americana da Saúde, em Washington DC, EUA, pode ser visitada virtualmente, no site do Centro Cultural do Ministério da Saúde (CCMS). História, Português, Filosofia, Matemática, Geografia e Filosofia, entre outras matérias escolares, inserem o público no universo do SUS. São 29 painéis que contam a trajetória da Política de Saúde do Brasil, instituída com a Constituição Federal de 1988, de forma didática e atraente.

Deliciem-se! :D