Oi gente!
Estou feliz em estar aqui, dessa vez vou compartilhar um texto que escrevi para uma disciplina da faculdade. Fiz ontem e fiquei tão contente com o resultado que julguei interessante deixar registrado aqui. Ainda não tenho a nota dessa atividade, espero que seja boa! Assim que a tiver falo pra vocês, enquanto isso, aceito comentários para continuar construindo reflexões sobre o tema! ^^
Este
trabalho integra a nota do Grau A, primeiro ciclo de aulas do
semestre. Tem como objetivo verificar a consolidação dos assuntos
trabalhados em aula de forma integrada dentro da temática política
e participação popular na contemporaneidade. Será um texto
reflexivo sem a intenção de se enquadrar nos moldes metodológicos
científicos.
O
senso comum diz que política é a relação de pessoas inseridas ou
envolvidas com partidos políticos. Num primeiro momento não é
observado nenhum erro nessa constatação, mesmo que de forma
insipiente, estar envolvido ou inserido em partidos políticos não
deveria remeter a algo negativo. O que ocorre é que pelas diversas
situações que fogem a ética coletiva (falo em nível de Brasil por
não ter aprofundamento em outros países), com a má conduta das
pessoas em cargos políticos na sociedade, esse verbete “política”
está desgastado para a maioria dos brasileiros. Política tornou-se
sinônimo de querer buscar formas de conseguir dinheiro por meio de
formas ilícitas e/ou ganhar fama e prestígio social.
Na
verdade, o pensamento em torno da política é bem mais profundo que
essas impressões gerais. Política é sinônimo de participação,
organização coletiva de um grupo, de forma mais ampla, em uma
cidade. Um termo trazido pelos gregos, carregado de muito significado
e reflexão. Para Aristóteles, Sócrates e Platão, pais da
filosofia, a Pólis
(do
grego cidade) era o lugar comum às pessoas que deveria refletir um
espaço produtor de felicidade, a plenitude de vida a todos. Essa
felicidade só seria possível a partir da conduta consciente dos
indivíduos integrantes dessa cidade, conduta essa que era norteada
por acordos (leis) que objetivavam a boa convivência coletiva. Com
todas as ressalvas a organização dos gregos e a forma como eram
determinados os cidadãos, trazer a lembrança essas reflexões de
consciência e conduta políticas como base para o pensamento
político são de extrema importância, mesmo hoje, anos e anos dessa
realidade.
A
política perpassa todas as forma de organização coletiva do ser
humano, partidos, coletivos, associações, grupos religiosos. Ao
longo da história, diversas forma de sistematizá-la já foram
construídos por diversos estudiosos, de alguma forma o conceito mais
arraigado é relacionar a política às coisas do Estado, governar,
legislar, executar, porque ao longo da trajetória humana, as
guerras, estratégias e conformações coletivas em forma do
governo/controle/poder se colocaram como base para “pensar
politicamente”. Isso, distancia a ação política da ação
popular, a ação dos políticos (pessoas com cargo político dentro
das instâncias consideradas de organização coletiva em nível de
município, estado e país) da ação de pessoas “comuns” ou
populares.
Essa
diferenciação trazida por essa racionalidade administrativa de ver
e agir frente as situações sociais, somada a toda bagagem
colonialista da sociedade brasileira justificam a pouca participação
das pessoas nesses espaços. Nesse sentido, a democracia
representativa, perde seu caráter quando não há diálogo entre
representantes e representandos. Claro que existem aqueles que
exercem participação e se organizam em espaços coletivos, grandes
ações já foram e são pensadas e realizadas via esses espaços.
Todavia, o impacto de ações e/ou de alguma forma retornos mais
semelhante as demandas sociais (porque é para responder as
necessidades sociais/dos representados, ou pelo menos, deveria ser já
que nos organizamos até então dessa forma) seria maior.
O
exercício da política está na construção da identidade humana
pois é o cerne de qualquer relação. Toda relação é desenvolvida
por meio de algum tipo de organização dentro de um contexto, seja
ele o que for: familiar, escolar, universitário e político.
Gostaria de encontrar outro termo que remetesse a ações políticas
governamentais, mais ainda me foge essa capacidade. No entendo, não
há como negar que existe a necessidade de resgatar o pensamento
grego sobre política para desmistificar a negatividade existente por
traz ação políticos das pessoas. Ser sujeito ativo das construções
sociais em nosso meio é de extrema importância para alcançar o que
Aristóteles, outros filósofos e qualquer pessoa “comum” espera
da vida: plenitude através de uma vida feliz e isso só se dá por
meio de um ambiente coletivo, entendendo o ser humano como
essencialmente um ser relacional.
Referências
BOBBIO,
N. MATTEUCCI, N. PAQUINO, G. Verbete Política in Dicionário
de Política.
5ª ed. Brasília: Editora Edunb – Universidade de Brasília, 1998.
CHAUÍ,
Marilena. Cultura
e democracia: o discurso competente e outras falas.
6. ed. São Paulo: Cortez, 1993.
TÔRRES,
M. R. Os
conceitos Aristotélicos de cidade e cidadão.
ISSN 1808-8031, volume 02, p. 01-10. Disponível em:
<http://www.outrostempos.uema.br/volume02/vol02art01.pdf>.
Acessado: 14 de Abril de 2014